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O que é Arranjo de Pagamento?

Saiba o que é um arranjo de pagamento, para que serve, como funciona, quem está envolvido e quais são os tipos de arranjo de pagamento neste artigo.

Meios de pagamentosagosto 09, 2023
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00Você sabe o que é um arranjo de pagamento e como você e sua empresa se encaixa nesse modelo? Todo negócio que utiliza transações digitais, como cartões de crédito e débito ou boleto bancário, participam do arranjo. Mas como funciona esse fluxo e quais os tipos?

Neste artigo, vamos esmiuçar essa estrutura de funcionamento dos arranjos de pagamento. Entenda como ele pode impactar seu negócio e de que maneiras você pode usá-lo para alavancar suas operações. Vamos lá?

O que é um arranjo de pagamento?

Um arranjo de pagamento é formado por diferentes regras e operações bem definidas que regulamentam os serviços de pagamento fornecidos pelas empresas. Essas políticas do arranjo viabilizam o funcionamento de transações financeiras que não usam o dinheiro físico. Por exemplo, quando uma compra com cartão de crédito é feita, o cliente está usando um arranjo de pagamento, que define como o dinheiro será transferido do banco para o lojista.

Essa regulamentação dos arranjos de pagamento foi criada pelo Banco Central em 2013 com o intuito de fornecer mais segurança e eficiência ao sistema de pagamentos brasileiro.

Para que serve um arranjo de pagamento?

Imagine que a transação iniciada em uma maquininha de pagamentos precisa coletar e validar informações de diferentes agentes: desde operadora do cartão do cliente, até o lojista. A função do arranjo de pagamento é conectar todas essas partes envolvidas.

Quem são os participantes de um arranjo de pagamentos?

Em um arranjo de pagamento, ocorre um fluxo de informações por meio da interação entre os seus participantes, que são as pessoas ou empresas que prestam ou utilizam os serviços de pagamento. Antes de entender essa dinâmica, conheça os principais participantes dessa estrutura.

O instituidor do arranjo

É a pessoa jurídica que cria e mantém o funcionamento do arranjo, definindo as suas regras e processos. No caso dos cartões de crédito e débito, os instituidores são as bandeiras, como Visa, Mastercard e Elo. No caso do TED, DOC, boleto e Pix, o próprio Banco Central é o instituidor.

A instituição de pagamento

As instituições de pagamento são empresas que fornecem serviços de pagamento no arranjo, sendo responsável pelo relacionamento com os usuários finais. Alguns exemplos são:

  • as adquirentes, que credenciam os lojistas para receberem pagamentos por cartão;
  • os emissores, que emitem os cartões para os clientes;
  • as subadquirentes ou intermediadoras, que facilitam a integração entre lojistas e adquirentes.

A instituição financeira

A pessoa jurídica autorizada pelo Bacen a exercer atividades financeiras, como bancos e cooperativas de crédito. Elas podem prestar serviços de pagamento no arranjo, como abrir contas para os clientes ou liquidar as transações entre as partes.

O usuário final

É a pessoa física ou jurídica que utiliza os serviços de pagamento no arranjo. O usuário final pode ser o pagador ou o recebedor da transação.

Mas então como funciona esse arranjo?

O funcionamento básico de um arranjo de pagamento pode ser ilustrado pelo seguinte fluxo que envolve uma compra com cartão:

  1. O usuário final usa um instrumento de pagamento (como um cartão ou um celular) para realizar uma compra em um estabelecimento comercial.
  2. A maquininha do estabelecimento comercial envia a informação da transação para a instituição de pagamento credenciadora (ou subadquirente). Essa credenciadora foi a responsável em fornecer a maquininha.
  3. instituição de pagamento credenciadora (ou subadquirente) envia a informação da transação para o instituidor do arranjo (que é a bandeira) para determinar quem é o emissor do cartão do cliente. Isso serve para saber se ele tem saldo ou crédito para prosseguir com a operação.
  4. A bandeira identifica o emissor do cartão (normalmente um banco) e pede para aprovar a transação.
  5. O emissor verifica os dados do cliente e aprova (ou não) a compra. Então, esse fluxo retorna até chegar à credenciadora, para que a compra seja autorizada.
  6. O emissor do cartão efetua o débito na conta ou na fatura do cartão do cliente.
  7. A credenciadora então credita na conta do estabelecimento, conforme os prazos e taxas que já foram pré-estabelecidas.

Todo esse fluxo de informações ocorre em questão de poucos segundos, sem que o cliente perceba. De acordo com o tipo de arranjo, essa estrutura e os agentes participantes podem variar.

Do ponto de vista do lojista, é fundamental que o cliente tenha múltiplas opções para pagamentos.  Os facilitadores se ajustam exatamente entre o estabelecimento e as adquirentes nessa dinâmica.

Por isso, são conhecidos também como subadquirentes, responsáveis pelo relacionamento com os usuários finais do serviço, pela captura e processamento das transações, pela liquidação dos valores e pela prevenção de fraudes. Podem também oferecer serviços adicionais, como software, crédito, parcelamento, análise e marketing.

Quais são os tipos de arranjo de pagamento?

Existem três principais tipos de arranjo de pagamento, que determinam como os pagamentos podem ser realizados.

Arranjo de pagamento aberto

Um arranjo de pagamento aberto pode ser utilizado em qualquer estabelecimento, e os valores transferidos entre diferentes emissores e instituições. É o caso de:

  • transferência eletrônica de fundos (TEF), que permite transferir recursos entre contas bancárias;
  • cartões, que permitem pagar compras com cartão de crédito, débito ou pré-pago;
  • boletos, para pagar contas ou compras por meio de um documento com código impresso;
  • pagamentos instantâneos, que admitem pagar ou receber recursos em tempo real, como o Pix.

Arranjo de pagamento fechado

São arranjos de pagamentos que só podem ser utilizados dentro dos limites definidos pelo instituidor, que pode ser uma grande empresa. Nesse grupo, incluímos os cartões private label, ou de departamentos, criados e gerenciados por grandes varejistas. Esse arranjo não é regulamentado pelo Banco Central e só podem ser usados dentro do estabelecimento que o gerou.

Entram nessa categoria também os arranjos de pagamento criados por serviços públicos (água, energia e gás), pré-pagos de bilhetes de transporte, vales-refeição e outros do gênero.

Arranjo de pagamento transfronteiriço

Esse é menos conhecido. Segundo a Circular 3.682, de 2013, o modelo transfronteiriço é aquele emitido dentro do país e que pode ser usado no estrangeiro, ou então, emitido lá fora, e usado aqui. Isso quer dizer que um dos agentes não está situado em território nacional.

Esse conjunto de regras e procedimentos que regulamentam as transações eletrônicas formam o que conhecemos como arranjos de pagamento. Eles facilitam as transações financeiras eletrônicas, conectando os seus participantes e garantindo sua segurança, eficiência e competição. Ele funciona por meio da interação entre o instituidor do arranjo, as instituições de pagamento, as instituições financeiras e os usuários finais. Ele pode ser classificado em diferentes tipos, conforme as suas características.

Agora que você já sabe o que é um arranjo de pagamento, fica mais fácil entender como seu negócio se encaixa nessa estrutura e a importância de fornecer aos usuários serviços seguros, práticos e eficientes.

E se você quer saber mais sobre o mercado de pagamentos e como ele pode ajudar o seu negócio a crescer, continue acompanhando o nosso blog! Fique à vontade também para nos acompanhar em nossas redes sociais: Facebook, YouTube, LinkedIn e Instagram.

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